terça-feira, 4 de outubro de 2011

Paulo Freire, pra que te quero? Pra refletir...

Aos profissionais da educação!

É inevitável passarmos por um movimento, de cunho social como o nosso, sem o mínimo de reflexão e criticidade, então fiquemos com as palavras de Paulo Freire - educador que elucida um projeto global de educação transformador, crítico e reflexivo, apontando para uma formação cidadã integral - como se propõe os Institutos Federais. Então nos debrucemos e reflitamos.


"Acho que se fosse possível a muitos dos professores que só trabalham dentro da escola — presos aos programas, aos horários, às bibliografias, às fichas de avaliação — que se expusessem ao dinamismo maior, à maior mobilidade que se encontra dentro dos movimentos sociais, eles poderiam aprender sobre uma outra face da educação que não se encontra nos livros.

[Em: Pedagogia da autonomia]

“Gosto de ser homem, de ser gente, porque não está dado como certo, inequívoco, irrevogável que sou ou serei decente, que testemunharei sempre gestos puros, que sou e que serei justo, que respeitarei os outros, que não mentirei escondendo o seu valor porque a inveja de sua presença no mundo me incomoda e me enraivece. Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a história em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades, e não de determinismo.”

[Em: Em pedagogia da autonomia]

Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.

[Em: Pedagogia da autonomia]

os professores poderão dizer que lêem as revistas e os novos livros técnicos e se mantêm atualizados em sua própria área, desse modo renovando-se sempre. Vão a conferências e seminários de professores para ouvir novas idéias. Mas, a noção de militância é diferente. O processo libertador não é só um crescimento profissional. É uma transformação ao mesmo tempo social e de si mesmo, um momento no qual aprender e mudar a sociedade caminham juntos.

[Em: Medo e ousadia – O cotidiano do professor]

Sonhar não é apenas um ato político necessário, mas também uma conotação da forma histórico-social de estar sendo de mulheres e homens. Faz parte da natureza humana que, dentro da história, se acha em permanente processo de tornar-se.

[Em: Pedagogia da esperança]

“O compromisso seria uma palavra oca, uma abstração, se não envolvesse a decisão lúcida e profunda de quem o assume. Se não se desse no plano do concreto.”

[Em: Educação e Mudança]

“A primeira condição para que um ser possa assumir um ato de comprometido em ser capaz de agir e refletir.”

[Em: Educação e Mudança]

“A educação é permanente não porque certa ideológica ou certa posição política ou certo interesse econômico o exijam. A educação é permanente na razão, de um lado, da finitude do ser humano, de outro, da consciência que ele tem de sua finitude. Mais ainda, pelo fato, de ao longo da história, ter incorporado à sua natureza não apenas saber que vivia mas saber que sabia e, assim, saber que podia saber mais. A educação e a formação permanente se fundam aí.”

[Em: Política e Educação]

“É possível vida sem sonho, mas não existência humana e História sem sonho.”

[Em: Política e Educação]

“A educação é um ato de amor, por isso, uma ato de coragem. Não mero debate. A análise da realidade. Não pode fugir a discussão criadora, sob a pena de ser uma farsa.“

[Em: Educação como prática da liberdade]

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