quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Momento histórico em Assú/ RN: “Educação vai às ruas”

Olá caros leitores,


Desde já, pedimos desculpas pelo atraso na postagem desse texto de agradecimento. Estávamos cansados, ocupadas resolvendo questões pendentes, além de atividades pessoais. E, gostaríamos de fazer um texto que proporcionasse fazer uma análise simples, crítica e objetiva sobre o nosso movimento. =]

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A mobilização nacional – Educação vai às ruas – tomou as ruas de Assú na manhã da última quarta-feira dia (31/08/2011). Organizado por alunos e servidores do Campus Ipanguaçu. A mobilização teve como objetivo levar a tona à realidade da escola pública à sociedade, reivindicando melhorias para as más condições atuais da educação. Falta de infraestrutura, a desvalorização do profissional da educação, a retirada dos direitos por titulação e das vantagens pessoais, benefícios e conquistas judiciais. Entre outros fatores, mostrar as causas da greve dos Institutos Federais e da UERN, além de cobrar que 10 % do PIB sejam destinados à Educação Pública no Brasil.

A mobilização reuniu cerca de 350 pessoas, entre eles os próprios estudantes e servidores do Campus Ipanguaçu, como também servidores e alunos da rede municipal e estadual, representantes da Associação dos Docentes da UERN, pais de alunos que abraçaram a causa euforicamente – assumindo as reivindicações dos profissionais da educação como sua. E a sociedade assuense que nos recebeu e se juntou ao nosso movimento.

Agradecemos a todos, que compareceram – acompanhando e abraçando a causa com bastante criticidade, euforia e, acima de tudo, respeito. Fazendo jus as palavras de Paulo Freire: “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. Tornando mais evidente, que se a Educação oferecer condições para se desenvolver, a educação pode possibilitar transformação em nosso país.

O movimento foi bastante expressivo e sensibilizante, pois partiu de um posicionamento cidadão, onde as pessoas que acompanharam a mobilização estavam lá por reconhecerem a causa justa, necessária, e apontar melhores perspectivas para educação – motivos que devem preocupar os cidadãos.

Pode-se considerar o movimento uma ocasião histórica no Vale do Açu, pois foi a primeira vez que estudantes e profissionais saem às ruas para mostrarem a realidade da escola pública e reivindicar por melhores condições na educação pública.

A movimentação proporcionou a construção do diálogo entre os alunos, pais, à sociedade e profissionais da educação das esferas: municipal, estadual e federal. A partir do diálogo que estabelecemos, notamos na expressão de todos os presentes e nos que deram seus depoimentos cordialidade perante a causa. E, foi nítido o sentimento de indignação com o tratamento histórico que vem recebendo no Brasil. Além de expressarem bastante negação e repudio ao posicionamento do estado RN – onde os professores das escolas estaduais saíram recentemente de uma greve ameaçados de ser demitido, além de as escolas serem indignas de oferecer e proporcionar condições para uma educação transformadora; estendendo também seus sentimentos aos parlamentares com todos os seus privilégios e a postura fria da presidenta Dilma.

Vale ainda salientar, que apesar do porte expressivo que foi o movimento e do valor histórico e importante para a formação social, embora esperado com pessimismo e pé no chão na realidade, já que a causa se referia a “Educação”, sentimos falta dos políticos locais e de órgãos atuação governamental. Pois, o momento era de diálogo, liberdade expressão – garantido por nossa constituição – e formação cidadã. A participação da classe política e dos órgãos que tem algumas responsabilidades na educação seria de fundamental importância, já que damos o poder a esta classe e o posicionamento de ambos implica nas condições que temos.

Com isso, ver-se o quão importante é a educação para a formação social, legitimando as nossas reivindicações. Contudo, esperamos ações dos nossos representantes, que foram eleitos pelas pessoas e tem que ser para essas pessoas que devem trabalhar. Assim, declaramos que continuaremos fortes, unidos e incisivos com a nossa causa, até que medidas coerentes sejam tomadas. E queremos deixar claro, que estamos cobrando apenas nossos direitos por uma EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, já! Não podemos esperar! O tempo não para!

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